ÚItimas sobre o alcoolismo

on sábado, 15 de novembro de 2008


Cientistas da Universidade de Liverpool encontraram uma mutação genética em vermes que pode explicar o alcoolismo nos humanos. O trabalho está relacionado com um estudo levado a cabo pela Universidade de Saúde e Ciência do Oregon em ratos. Os investigadores estudaram esses espécimes, centrando-se especificamente no papel que o gene desempenha na comunicação entre as células e o sistema nervoso. O estudo especifica a forma como o aminoácido se desenvolve numa proteína chamada UNC-18, ou MUNC 18 nos humanos, um componente essencial do nosso organismo. Segundo os cientistas, ocorrem mudanças que se dão naturalmente nesses genes e como resultado o sistema nervoso torna-se menos sensível aos efeitos do álcool, permitindo que o corpo consuma mais.

O professor Bob Burgoyne, responsável pelo departamento de Ciências Biomédicas daquela universidade, explica: “O consumo de bebidas alcoólicas pode afectar o organismo de várias formas. Se forem tomadas em baixas concentrações pode deixar o nosso corpo mais alerta, mas se for em grandes quantidades pode reduzir a actividade, provocando um motor de disfunção e falta de coordenação”. Algumas pessoas são mais susceptíveis aos efeitos do que outras, mas nunca se percebeu a razão.

“Usámos como objecto de estudo a minhoca para entender como é que esse gene interfere na tolerância ao álcool, já que todos os genomas do espécime foram identificados e correspondem aos dos humanos e têm a mesma função no sistema nervoso”, avançou ainda o professor. Referindo que a mutação acontece naturalmente sem que se lhe reconheça a causa e persiste sem que seja necessariamente nocivo.

Jeff Barclay, co-autor da investigação, acrescentou que “o estudo recai nas alterações em aminoácidos em duas vermes geneticamente idênticas. Uma tinha exactamente a mesma mutação que os colegas americanos encontraram em ratos e a outra tinha uma alteração diferente. Ambas mudaram a forma como comunicam as células e o sistema nervoso. A modificação leva uma redução do comportamento negativo provocado pelo efeito do álcool e, portanto, pode-se consumir mais sem que o organismo reaja mal”.

Segundo o investigador, agora que se encontrou a relação entre o gene e a tolerância às bebidas alcoólicas, é possível encontrar a relação do efeito na pequena porção do cromossoma humano e as mudanças que poderiam identificar a predisposição para o álcool em diferentes indivíduos.

Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=28172&op=all
Dia: 15 de Novembro de 2008

1 comentários:

Anónimo disse...

Cuidado, Isabelinha xD
"(...)mas se for em grandes quantidades pode reduzir a actividade, provocando um motor de disfunção e falta de coordenação."
Começo a notar um pouco de falta de coordenaçao da tua parte... Tu nao? ahaha :D